A Educação Frente
às Novas Tecnologias: Perspectivas e Desafios
Autor: Márcio Balbino Cavalcante
Estamos diante de um novo século, com uma nova sociedade, a sociedade da
informação, com novo formato de receber e transmitir informação, e de uma busca
interminável de conhecimento. As pessoas hoje em dia, têm acesso ao mundo e as
suas tradições culturais, com muita mais eficácia e rapidez que ontem. Com a
explosão da computação e, conseqüentemente da internet, passou-se a considerar
que disponibilizar informação em uma página da Internet seria um processo
educativo contínuo e a formação da língua escrita dessa pessoa, estaria sendo
realmente transmitida, de forma correta. Será mesmo? E qual seriam realmente as
vantagens e desvantagens dessa interferência digital em nossos dias? As
recordações da Educação nos dizem que, educar não é adestrar, nem governar
informações para um indivíduo e sim servir como mediador desse processo.
Conceituando as tecnologias digitais de informação e de
comunicação
O que entende-se por novas tecnologias digitais? Entendemos por novas tecnologias digitais a aplicação de um conhecimento científico ou técnico, de um “saber como fazer”, de métodos e materiais para a solução de uma dada dificuldade. A Tecnologia de Comunicação designa toda forma de veicular informação. Têm-se como ambiente de veiculação, incluindo desde as mídias mais tradicionais, como os livros, o fax, o telefone, os jornais, o correio, as revistas, o rádio, os vídeos, até as mídias modernas como a informática e a Internet. A Tecnologia de Informação designa toda forma de determinar, gravar, armazenar, processar e reproduzir as informações. Como exemplos de suportes de armazenamento de informações são: o papel, os arquivos, os catálogo, os HD’s dos computadores, os CD’s, DVDs ou agora, os PEN DRIVES, os MP3, MP4, etc. Dispositivos que permitem o seu processamento são os computadores e os robôs, e exemplos de aparelhos que possibilitam a sua reprodução é a máquina de fotocopiar, o retroprojetor, o projetor de slides (data show). As novas tecnologias de informação e de comunicação, usadas na comunicação social, estão cada vez mais interativas, pois permitem a troca de dados dos seus usuários com recursos que lhes permitem alternativa e aberturas das mais diferentes, os programas de multimídia, como o vídeo interativo, a Internet e o Tele congresso. É essa nova tecnologia que permitem a preparação e manipulação contígua de teores específicos por parte do professor/aluno (emissor) e do aluno/professor (receptor), codificando-os, decodificando-os, recodificando-os conforme as suas realidades, as suas histórias de vida e a tradições em que vivem; permitindo um entendimento mais eficaz, alternando os papéis de emissor e receptor, como co-protagonistas e contribuintes da ação cognitiva. Nos dias de hoje, os diferentes usos dessas mídias (tecnologias) se confundem e passam a ser característicos das Tecnologias de Informação e de Comunicação, que mudam os padrões de trabalho, do lazer, da educação, do tempo, da saúde e da indústria e criam, assim, uma nova sociedade, novas atmosferas de trabalho, novos ambientes de aprendizagem. Criando-se um novo tipo de aluno que necessita de um novo tipo de professor. Um professor ligado e compromissado com o que esta acontecendo ao seu redor. Tecnologias colaborativas são as que consentem à otimização do trabalho em equipe. Explicitando, as novas tecnologias de informação e de comunicação podem ser utilizadas para se alcançar objetivos individuais isoladamente. Assim, quando um professor pesquisa certo assunto, em bases de dados da Internet e, ao descobrir documentos importantes, guarda-os para seu uso particular em sua biblioteca virtual individual (CD-ROM, disquetes ou no disco rígido do seu computador), os seus objetivos individuais não estão sendo admirados. Se, por outro lado, comunica a existência desses textos a outros professores que estão trabalhando com ele (de forma interdisciplinar) em um projeto comum, propondo uma discussão conjunta através dos serviços da própria Internet (e-mail, teleconferência), essa tecnologia se reveste de uma característica que aperfeiçoa a colaboração, daí ser então denominada de tecnologia colaborativa.
O que entende-se por novas tecnologias digitais? Entendemos por novas tecnologias digitais a aplicação de um conhecimento científico ou técnico, de um “saber como fazer”, de métodos e materiais para a solução de uma dada dificuldade. A Tecnologia de Comunicação designa toda forma de veicular informação. Têm-se como ambiente de veiculação, incluindo desde as mídias mais tradicionais, como os livros, o fax, o telefone, os jornais, o correio, as revistas, o rádio, os vídeos, até as mídias modernas como a informática e a Internet. A Tecnologia de Informação designa toda forma de determinar, gravar, armazenar, processar e reproduzir as informações. Como exemplos de suportes de armazenamento de informações são: o papel, os arquivos, os catálogo, os HD’s dos computadores, os CD’s, DVDs ou agora, os PEN DRIVES, os MP3, MP4, etc. Dispositivos que permitem o seu processamento são os computadores e os robôs, e exemplos de aparelhos que possibilitam a sua reprodução é a máquina de fotocopiar, o retroprojetor, o projetor de slides (data show). As novas tecnologias de informação e de comunicação, usadas na comunicação social, estão cada vez mais interativas, pois permitem a troca de dados dos seus usuários com recursos que lhes permitem alternativa e aberturas das mais diferentes, os programas de multimídia, como o vídeo interativo, a Internet e o Tele congresso. É essa nova tecnologia que permitem a preparação e manipulação contígua de teores específicos por parte do professor/aluno (emissor) e do aluno/professor (receptor), codificando-os, decodificando-os, recodificando-os conforme as suas realidades, as suas histórias de vida e a tradições em que vivem; permitindo um entendimento mais eficaz, alternando os papéis de emissor e receptor, como co-protagonistas e contribuintes da ação cognitiva. Nos dias de hoje, os diferentes usos dessas mídias (tecnologias) se confundem e passam a ser característicos das Tecnologias de Informação e de Comunicação, que mudam os padrões de trabalho, do lazer, da educação, do tempo, da saúde e da indústria e criam, assim, uma nova sociedade, novas atmosferas de trabalho, novos ambientes de aprendizagem. Criando-se um novo tipo de aluno que necessita de um novo tipo de professor. Um professor ligado e compromissado com o que esta acontecendo ao seu redor. Tecnologias colaborativas são as que consentem à otimização do trabalho em equipe. Explicitando, as novas tecnologias de informação e de comunicação podem ser utilizadas para se alcançar objetivos individuais isoladamente. Assim, quando um professor pesquisa certo assunto, em bases de dados da Internet e, ao descobrir documentos importantes, guarda-os para seu uso particular em sua biblioteca virtual individual (CD-ROM, disquetes ou no disco rígido do seu computador), os seus objetivos individuais não estão sendo admirados. Se, por outro lado, comunica a existência desses textos a outros professores que estão trabalhando com ele (de forma interdisciplinar) em um projeto comum, propondo uma discussão conjunta através dos serviços da própria Internet (e-mail, teleconferência), essa tecnologia se reveste de uma característica que aperfeiçoa a colaboração, daí ser então denominada de tecnologia colaborativa.
Lecionar e Aprender na era
tecnológica
Trabalhar com as tecnologias (novas ou não) de forma interativa nas salas de aula requer: a responsabilidade de aperfeiçoar as compreensões de alunos sobre o mundo natural e cultural em que vivem. Faz-se, indispensável o desenvolvimento contínuo de intercâmbios cumulativos desses alunos com dados e informações sobre o mundo e a história de sua natureza, de sua cultura, posicionando-se e expressando-se, de modo significativo, com os elementos observados, elaborados que serão melhor avaliados. Ao se trabalhar, adequadamente, com essas novas tecnologias, Kenski constata-se que:
“a aprendizagem pode se dar com o envolvimento integral do indivíduo, isto é, do emocional, do racional, do seu imaginário, do intuitivo, do sensorial em interação, a partir de desafios, da exploração de possibilidades, do assumir de responsabilidades, do criar e do refletir juntos.” (KENSKI,1996).
Esta é a parte visível da introdução de novas tecnologias na educação. A estrutura das salas de aula deverá mudar como já mudaram em algumas instituições de ensino no Brasil e estão mudando em muitas regiões do mundo. A implantação (mudança) se inicia e continua com a criação de certa infra-estrutura tecnológica e de um programa de utilização em que os professores sejam treinados operacionalmente, capacitados metodologicamente e filosoficamente para a utilização dessas novas tecnologias na sua prática pedagógica.
Trabalhar com as tecnologias (novas ou não) de forma interativa nas salas de aula requer: a responsabilidade de aperfeiçoar as compreensões de alunos sobre o mundo natural e cultural em que vivem. Faz-se, indispensável o desenvolvimento contínuo de intercâmbios cumulativos desses alunos com dados e informações sobre o mundo e a história de sua natureza, de sua cultura, posicionando-se e expressando-se, de modo significativo, com os elementos observados, elaborados que serão melhor avaliados. Ao se trabalhar, adequadamente, com essas novas tecnologias, Kenski constata-se que:
“a aprendizagem pode se dar com o envolvimento integral do indivíduo, isto é, do emocional, do racional, do seu imaginário, do intuitivo, do sensorial em interação, a partir de desafios, da exploração de possibilidades, do assumir de responsabilidades, do criar e do refletir juntos.” (KENSKI,1996).
Esta é a parte visível da introdução de novas tecnologias na educação. A estrutura das salas de aula deverá mudar como já mudaram em algumas instituições de ensino no Brasil e estão mudando em muitas regiões do mundo. A implantação (mudança) se inicia e continua com a criação de certa infra-estrutura tecnológica e de um programa de utilização em que os professores sejam treinados operacionalmente, capacitados metodologicamente e filosoficamente para a utilização dessas novas tecnologias na sua prática pedagógica.
O papel dos professores tem que mudar
também, e os cursos superiores precisam preparar esses novos docentes para não
perderem o controle das tecnologias digitais que são requeridas ou se dispõem a
usar em suas salas de aulas. Os professores precisam aprender a manusear as
novas tecnologias e ajudar os alunos a, e eles também, aprenderem como
manipulá-las e não se permitirem serem manipulados por elas. Mas para tanto,
precisam usá-las para educar, saber de sua existência, aproximar-se das mesmas,
familiarizar-se com elas, apoderar-se de suas potencialidades, e dominar sua
eficiência e seu uso, criando novos saberes e novos usos, para poderem estar,
no domínio das mesmas e poderem orientar seus alunos a “lerem” e “escreverem”
com elas. Os professores não devem substituir as “velhas tecnologias” pelas
“novas tecnologias”, devem, antes de tudo, se adequar das novas para aquilo que
elas são únicas e resgatar os usos das velhas em organização com as novas, isto
é, usar cada uma naquilo que ela tem de peculiar e, portanto, melhor do que a
outra. O uso e influência das novas tecnologias devem servir ao docente não só
em relação à sua atividade de ensino, mas também na sua atividade de pesquisa
continuada. E a pesquisa com as novas tecnologias tem características
diferentes que estão diretamente ligadas à procura da constante informação.
Os docentes devem construir e
trabalhar em conjunto com seus alunos não só para ajudá-los a aumentar
capacidade, métodos, táticas para coletar e selecionar elementos, mas,
especialmente, para ajudá-los a desenvolverem conceitos. Considerações que
serão o alicerce para a edificação de seus novos conhecimentos. Como descrever
Gadotti, o professor “deixará de ser um lecionador para ser um organizador do
conhecimento e da aprendizagem (...) um mediador do conhecimento, um aprendiz
permanente, um construtor de sentidos, um cooperador, e, sobretudo, um
organizador de aprendizagem” (Gadotti, 2002). Para finalizar estas idéias, não
podemos deixar de destacar a importância de se repensar os métodos docente a
partir de uma maior valorização da metodologia de interação e colaboração mútua
que devem estar presentes proporcionalmente na educação à distância quanto na
educação presencial, escolha metodológica tão discutida hoje em dia e que vem
sendo exercitada por profissionais das áreas mais variadas da educação. É muito
inquietante como os professores estão se afastando dessas práticas
alternativas, apresentando, com isso, muita oposição e resistência.
A educação precisa repensar seus
métodos curriculares e preparar seus docentes tanto para se apropriarem das
novas tecnologias de informação e comunicação quanto para a prática da educação
a distância que se vê viabilizada. Os Cursos de Educação a Distancia são
exemplos desta iniciativa. Também o Ministério da Educação, através da
Secretaria de Educação à Distância - SEED, estão apoiando com seus vários
“sistemas de formação de professores” que envolve o ensino a distância por seus
diversos programas por essas novas tecnologias digitais, tais como o
Pró-infantil, Pró-formação, Pró-licenciatura, Pró-letramento, Atendimento
Educacional Especializado e tantos outros.
Considerações Preliminares
Os professores precisam sempre estar
reciclando seus conhecimentos e só depois eles poderão ter a competência para
escolher se querem ou não usá-las, se quer ou não praticá-las na educação a
distância ou não. O que não é mais aceitável é que se faça resistência a umas
e/ou a outra tecnologia, seja ela, de comunicação ou de informação, por
insegurança ou falta de proficiência. Portanto, os professores, educadores e
docentes de ensino superior, precisam estar profissionalmente qualificados e,
hoje, não se pode falar em qualificação sem assimilação das novas tecnologias.
Ao usar essas novas tecnologias, é fundamental que ele não se deixe usar por
elas. É primordial que os professores se ajustem deste modo, às diferentes
tecnologias de informação e de comunicação.
Por fim, considero que, os processos de construção de conhecimento sobre a forma de aprendizagem de alunos e professores são fenômenos que necessitam ser mais estudados por ambos, mais, principalmente pelos professores que devem estar em uma constante busca de conhecimentos, de novas tecnologias. Pois, seus novos alunos já estão vindos, muita das vezes, com uma bagagem de conhecimento bem maior à que a dele.
Por fim, considero que, os processos de construção de conhecimento sobre a forma de aprendizagem de alunos e professores são fenômenos que necessitam ser mais estudados por ambos, mais, principalmente pelos professores que devem estar em uma constante busca de conhecimentos, de novas tecnologias. Pois, seus novos alunos já estão vindos, muita das vezes, com uma bagagem de conhecimento bem maior à que a dele.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Maria Elizabeth de.
Informática e formação de professores. Brasília: Ministério da Educação, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação e Secretaria de Educação a Distância – SEED. Informações e Comunicações: Tecnologias a serviço da educação e da inclusão. Brasília: SEED, 2004.
GADOTTI, Moacir. A boniteza de um sonho: aprender e ensinar com sentido. Abceducatio, Ano III, n. 17, p. 30-33, 2002.
KENSKI, Vani Moreira. O Ensino e os recursos didáticos em uma sociedade cheia de tecnologias. In VEIGA, Ilma P. Alencastro (org). Didática: o Ensino e suas relações. Campinas, SP: Papirus, 1996.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2000.
MACHADO, Nilson José. Epistemologia e Didática: As concepções de conhecimento e inteligência e a prática docente. São Paulo: Cortez, 1996.
MORIN, Edgar. A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
SILVA, Tomaz Tadeu da e et all. Antropologia do Ciborgue - as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação e Secretaria de Educação a Distância – SEED. Informações e Comunicações: Tecnologias a serviço da educação e da inclusão. Brasília: SEED, 2004.
GADOTTI, Moacir. A boniteza de um sonho: aprender e ensinar com sentido. Abceducatio, Ano III, n. 17, p. 30-33, 2002.
KENSKI, Vani Moreira. O Ensino e os recursos didáticos em uma sociedade cheia de tecnologias. In VEIGA, Ilma P. Alencastro (org). Didática: o Ensino e suas relações. Campinas, SP: Papirus, 1996.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2000.
MACHADO, Nilson José. Epistemologia e Didática: As concepções de conhecimento e inteligência e a prática docente. São Paulo: Cortez, 1996.
MORIN, Edgar. A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
SILVA, Tomaz Tadeu da e et all. Antropologia do Ciborgue - as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
Márcio Balbino Cavalcante - Professor e Consultor na área de Educação e de
Meio Ambiente. É graduado em Geografia - UEPB; Pós-graduado em Ciências Ambientais
- FIP/PB; Coordenador de Projetos Educacionais da Secretaria Municipal de
Educação do município de Passa e Fica - RN. Professor de Geografia e Ciências
na Escola Estadual Sen. João Câmara, Passa e Fica - RN.
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